segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Eu leio uma coluna da qual gosto muito, chamada alma lavada , do Jornal do Brasil.Volta e meia essa colunista escreve uns textos com os quais me identifico e me fazem refletir. Abaixo, vai a cópia de um deles e gostaria muito que vocês lessem pois no post que vem eu vou falar um pouco sobre esse aprendizado !


Aprenda o bem com quem te faz o mal

Quem diria...

É seu mestre.

E aquela outra, que te sacaneia, te rouba, te decepciona, te prejudica?

Também é seu mestre.

Em algum livro budista, li certa vez sobre esta idéia e decidi colocá-la em prática. Escolhi uma pessoa chatérrima, mas com quem era obrigada a conviver, e comecei a treinar. E não é que deu certo?

“Esta chata é minha mestra! Esta chata é minha mestra... com ela aprendo a ser paciente”.

Algum tempo depois, eu já conseguia rir das idiossincrasias da Chata, e rio até hoje, porque finalmente fui capaz de gostar dela como ela é. E, quando ela, de novo me irrita, já não sinto culpa nem maltrato meu fígado, deixo a irritação chegar e ir embora, enquanto o dia segue. A Chata é chata mesmo, fazer o quê?

E então a vida me trouxe a oportunidade de ajudar um Bicho Papão por quem já tinha nutrido péssimos sentimentos: a turma da raiva, do ressentimento, da mágoa, da rejeição. No começo, o ajudei em nome de minha própria consciência, porque levo a sério a empreitada de tentar ser uma pessoa melhor...

Mas aos poucos o Bicho Papão foi se humanizando e deixando vir à superfície suas fragilidades, carências, limitações e até mesmo suas ingenuidades, coisa que nunca imaginei que um Bicho Papão tivesse! Um dia me dei conta de que as dificuldades que ele estava passando eram também uma porta que se abria diante de mim para uma escola muito especial, onde pude aprender sobre o perdão.

Olho à minha volta e vejo professores de tudo; de paciência, de gentileza, de generosidade, de alegria, de desapego, de humildade...
E entendo que, se eu dormir na aula, pior pra mim.

2 comentários:

  1. A idéia é boa e válida, mas na prática isso é absolutamente torturante.

    Eu convivo com uma das pessoas mais chatas que já conheci, e ela me ensinou a dar a vez. Mas eu queria ter aprendido de outras maneiras...

    Beijocas

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  2. Essa texto funciona como um alento, porque tem horas que fica difícil certas convivências.
    Já tive experiências de tolerância e boa vontade com quem estava sendo mala comigo e acabei sendo reconhecido, tornando a convivência muito melhor. Mas tem horas que se a pessoa te faz muito mal o melhor é manter distância mesmo!
    É difícil ser santo o tempo todo...

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